Joguei meu celular da passarela.
Ele caiu entre carros e motos, sem atingir ninguém. Os pedestres gritavam, os carros transitavam normalmente na avenida. A chuva penetrava no circuito interno do aparelho. Bateria jogada longe. Tampa de trás estraçalhada no asfalto.
Após um segundo de perplexidade, desci correndo a rampa da passarela. Havia esperança de recuperar ao menos o chip. O trânsito parou para que eu alcançasse o celular. Em pedaços. Molhados.
Joguei R$600 da passarela.
Um secador de cabelo fez evaporar a água que ainda restava. A tampa de trás se mostrou dispensável.
Recuperei meu celular da passarela.
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